segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Será que dura?



A electricidade é para mim uma coisa estranha. Parece bruxedo!
Ao contrário do resto dos componentes, se a parte eléctrica da Quipplan decidir dar o berro vou-me sentir incapaz de a reparar...
Resta-me o conforto dos dados do fabricante sobre a longevidade da bateria:
A bateria tem dois anos de garantia, sendo trocada se nesse período baixar dos 80% de capacidade. Indicam também que ao fim de 500 ciclos deverá manter 95% da carga. Ora, 500 ciclos deve dar qualquer coisa como 30000km. São valores tranquilizadores.
Entretanto a bateria do carro pifou. Outra vez. E quem foi em seu socorro? A bicla, claro! :)



Não é um tunning na bicla eléctrica! É o serviço de desempanagem auto. A pedais:)

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Finalmente chegou a chuva!



(Foto "emprestada" daqui)

A chuva não é necessáriamente um problema. Eu gosto de andar de bicicleta à chuva!!
Gosto de sentir os borrifos de água na cara, o vento fresco, o cheiro à terra molhada... :)
É verdade que hoje foram só uns borrifos agradáveis. A chuva a sério ainda está para vir, mas também não é nada que não se resolva com o equipamento certo. Os ingleses dizem qualquer coisa como "não há mau tempo, só mau equipamento" ;)
Casaco e calças impermeáveis, eventualmente uma protecção para os sapatos, luvas, gorro e já está. Estou pronto para o inverno. Sinceramente, custam-me mais os dias tórridos de verão...

A bicicleta é para usar todo o ano!!

domingo, 22 de setembro de 2013

Quipplan q10 city - primeiras impressões



Resolvi tornar a minha vida mais "ciclável", e para isso investi na compra de uma Quipplan q10 city, uma bicicleta dobrável com assistência eléctrica.

A informação existente sobre bicicletas com assistência eléctrica, sobretudo na perspectiva dos utilizadores, parece-me ainda escassa. Por isso, vou usar este blog para partilhar a minha experiência com ela.



Comprei esta bicla na "Cenas a Pedal", mais do que uma loja, um projecto feito por gente apaixonada por bicicletas e que procura levar essa paixão a mais pessoas. A Cenas a Pedal, entre outros méritos, traz para o nosso mercado diversas soluções práticas para a utilização das bicicletas e que ainda são por cá pouco comuns. Espreitem aqui a loja on-line.

O aspecto geral da bicicleta é muito agradável. A bateria e o controlador ficam ocultos dentro do quadro e na frente os diversos cabos estão todos unidos sob uma protecção, não criando por isso uma imagem confusa com muitos cabos à solta (o que também se torna mais eficaz na altura de dobrar a bicicleta para impedir que algum cabo fique preso). São pequenos detalhes que indiciam o cuidado com que a bicicleta foi concebida.



Da lista de componentes destaca-se o cubo traseiro, shimano nexus, com 8 velocidades.
Este cubo permite uma amplitude de mudanças muito grande, suficiente para usar a bicicleta sem dificuldades de maior, em qualquer piso, mesmo sem recorrer ao apoio eléctrico. O escalonamento das mudanças parece-me ideal.
O cubo de mudanças internas tem-se revelado uma maravilha no dia-a-dia. Torna a passagem de mudanças mais fácil, permite trocar de mudanças com a bicla parada, não requer tanta manutenção como um desviador e numa dobrável tem ainda a vantagem de não ter ali o apêndice do desviador pendurado, pronto a atrapalhar quando a bicla vai dobrada, por exemplo. 


Os travões (tektro) são ergonómicos e bastante doseáveis. Os pneus têm boa aderência. São macios e favorecem mais o conforto e a segurança do que o rendimento da pedalada.
O selim tem-se revelado confortável. A pedaleira e os cranks têm bom aspecto e parecem estar lá para durar.
Há no entanto alguns detalhes que não me agradaram, nomeadamente a pouca aderência dos pedais, entretanto já substituídos, e o formato pouco ergonómico dos punhos.

A bicicleta tem um comportamento muito bom. É surpreendentemente estável (muito mais do que outras dobráveis que já havia experimentado - hoptown; dahon´s e bromptons) e simultanemente ágil e manobrável. Todo o conjunto transmite uma agradável sensação de robustez e precisão.

(a estabilidade é surpreendente para uma roda 20´. Tanto que nem me apercebi que ia a 58km/h :p ...)

Na balança, acusa 17kg. É um valor muito bom, considerando que é um modelo com assistência eléctrica, onde é comum as bicicletas atingirem 22kg ou mais (por ex: a nova btwin eléctrica, também uma dobrável de roda 20´,  pesa 23kg). Ah... e só o cubo nexus 8v pesa 1.6kg. Ou seja, esta bicicleta, com assitencia electrica, tem o mesmo peso que a minha outra bicla urbana (qualquer dia farei uma posta sobre esta)... Portanto quando a bateria acaba, continua a ser uma bicicleta suficientemente capaz de cumprir o seu serviço!

O sistema de dobragem é simples e os apertos de boa construção, tornando a sua utilização fácil e agradável e dando alguma confiança em termos de durabilidade. Só é pena o sistema proposto para fixar a parte traseira à da frente quando a bicicleta está dobrada: uma fita de velcro!! Não é prático para usar no dia-a-dia. Um detalhe que não se coaduna com a qualidade, e o preço, da bicicleta. Vou resolver isso adaptando o sistema de imãs das Dahon (já tinha aplicado esse sistema na hoptown).

 (foto do site quipplan-mobility.com)

Uma vez dobrada, a bicicleta mede 80x65x45cm. Pesando 17kg, não é uma bicicleta fácil de transportar à mão. Não é ultra-compacta como outras, mas chega para caber na bagageira do carro, num cantinho do comboio ou autocarro, arrumada debaixo de uma secretária, ou até enfiar dentro do carrinho de compras do supermercado!

Sobre a assistência eléctrica:
Estou encantado!! É uma maravilha! :) Muito útil para ultrapassar as subidas mais íngremes e sobretudo com muito menos esforço! Imaginem subir a Avenida Infante Santo, sempre a rolar como se fosse uma zona plana ;).

Um percurso que antes fazia em 45 minutos, agora faço em 35 minutos e com muito menos esforço!! Nestes dias de muito calor, a assistencia eléctrica tem sido uma excelente ajuda para não ficar transpirado. Esta pequena diferença tem-me levado a usar muito mais vezes a bicicleta!

Sendo uma "pedelc", a assitencia eléctrica é accionada com o próprio movimento dos pedais. Ou seja, continua a ser necessário pedalar, e ainda bem! A sensação por isso, não deixa de ser a mesma de uma bicicleta convencional, simplesmente, se assim o quisermos, contamos com um "empurrãozinho", limitado aos 25km/h, por imposição legal.


Agora a questão da autonomia:
A marca anuncia uma autonomia de 50; 75; ou 100km consoante o nível de assistência escolhida. Apesar de apresentar vários testes, tornando esta informação a mais precisa que já encontrei comparando com outros modelos, a minha experiencia é menos optimista...

Para já, ao fim de apenas 200km de uso, parece-me que a autonomia real, para o percurso que eu faço, se situa entre os 40 e os 60km. Menos que o anunciado, mas ainda assim suficiente para as deslocações diárias (27km mínimo). Mas já percebi que estes valores variam muito consoante o percurso e o nível de assistencia escolhida. Por isso, voltarei a este assunto da autonomia mais tarde, quando tiver mais dados para partilhar...

A bicicleta custou 1500€. Um valor que espero justificar usando-a muito!!!

Para já vou ficar por aqui... Mais tarde voltarei a completar esta análise à Quipplan. Se entretanto tiverem alguma dúvida, é só perguntar.

sábado, 21 de setembro de 2013

Razões para usar a bicicleta

Andar de bicicleta trás muitos benefícios
- Faz bem à saúde
- Faz bem ao planeta
- Faz bem à carteira
- Sei sempre o tempo que levo a chegar ao destino (de carro varia muito consoante o trânsito)
- Leva-nos a conhecer novos caminhos e a viver mais a cidade
- Não nos stressamos com os engarrafamentos nem com a falta de estacionamento
A lista é grande... mas no meio de tudo, aquilo que realmente me faz pegar na bicicleta é sobretudo o simples prazer de pedalar!






terça-feira, 17 de setembro de 2013

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

6ªf é dia de usar a bicicleta


O desafio é simples:
Sexta-feira é dia de ir de bicicleta!
Querem experimentar?
Foi assim, aos poucos, que comecei a usar a bicicleta no meu dia-a-dia.
Ao principio temos uma grande lista de obstáculos na nossa cabeça, mas com a prática, tudo se vai descomplicando e tornando-se mais fácil e natural.


foto da mubi

a "Sexta de Bicicleta" é um projecto da MUBI (Associação para a Mubilidade Urbana em Bicicleta).
(cliquem nos links acima para mais informações.)

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Eu e as biclas


foto "lomo", feita numa viagem de bicla a solo de Setúbal a Lagos - Verão 2004(?)

Imagino que a minha história em torno das bicicletas seja idêntica à de tantas outras pessoas...
Lembro-me da minha primeira bicicleta e do meu pai me ensinar a andar nela.
Deveria ter uns 5 anos, talvez... Deliciosas memórias!
Muitos anos depois tive uma btt com que andava pelas ruas, para cima e para baixo, com o resto dos amigos.
Com 17 anos, juntamente com 3 amigos, resolvemos fazer uma pequena aventura de bicicleta. Foram 4 dias de bicla pelo Alentejo com a tralha às costas. Foi inesquecível! Quando regressei desse passeio comecei a ir para a serra de Sintra fazer btt. Estávamos nos anos do "boom" do btt (97/98?). Fiquei fã!
Entusiasmado com as pedaladas, em 2001, arranjei uma bicicleta de estrada e comecei também a fazer passeios "estradistas".
Até aqui a bicicleta sempre foi usada de forma lúdica, em passeios ou viagens durante as férias.
Em 2006 resolvi experimentar usar a bicicleta em Lisboa, nas minhas deslocações diárias. Apesar de ter sido hà pouco tempo, o panorama do ciclismo urbano era então muito diferente. Eram raríssimos os "avistamentos" de ciclistas urbanos em Lisboa.
Fiz algumas utilizações mas foram poucas porque entretanto mudei de casa e de emprego e as distancias eram agora maiores. Abandonei a ideia por pensar que já não era viável (Algés - Campolide - cerca de 12km). HAHAHA... a nossa mente é mesmo o nosso maior obstáculo...
Entretanto tinha também acabado de tirar a carta de mota e estava entusiasmado com o uso da minha Vespa que passara a ser o meu veículo de eleição.
Em 2008 resolvo experimentar levar a bicla para o trabalho (o mesmo percurso que antes me parecera inacessível). Foi tudo preparado com rigor como se de uma expedição se tratasse. Resultado: percebi que afinal era bem mais simples do que imaginava. Desde então fui aumentando progressivamente o uso da bicicleta no meu quotidiano, nas deslocações para o trabalho e nos pequenos trajectos ao pé de casa (farmácia, café, supermecado, etc).
Ao usar mais a bicicleta passei também a estar mais atento à cidade onde vivo e a perceber que estas maravilhosas máquinas me ajudam a tornar os meus dias mais felizes!!
A utilização da bicicleta, enquanto meio de transporte, estimulou-me a voltar a usa-la pelo simples lazer em passeios de btt, estrada e cicloturismo.
Com este entusiasmo vieram também as incursões pela mecânica. Nunca fui habilidoso com as ferramentas mas a necessidade aguça o engenho e como gosto de aprender, passei a fazer a manutenção das minhas biclas. Até já consegui enraiar uma roda traseira e tudo (obrigado mestre Camilo)! :)
E aqui estamos... Estou ainda verdinho nisto mas com entusiasmo e vontade de partilhar a paixão e os conhecimentos.


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Férias de bicla

Fui com a minha família passar uns dias de férias ao Algarve.
Enquanto por lá andámos dispensámos o carro.
Alugámos duas bicicletas, um atrelado e toca a pedalar! :)

Levar o pequenote e a tralha para a praia? sem problema!!!
Simples, eficaz e divertido!    

domingo, 8 de setembro de 2013

Olhar para o trânsito com outros olhos

Este verão tive a felicidade de ir passar umas férias à Irlanda. É um país lindo, cheio de história, paisagens deslumbrantes e um povo extremamente acolhedor e simpático.
Quando regressei a Lisboa senti um choque tremendo. O contraste no modo de estar das pessoas era notório. Já não imperava a mesma descontracção. Assim que saí da portela, senti o trânsito muito barulhento e agressivo, pela velocidade e pelas razias. Muito pior que em Dublin.
O curioso foi ter percebido que nada tinha mudado. O trânsito lisboeta estava igual a si próprio. Eu é que já não estava sedado pela habituação. Dentro em breve vou voltar a fazer parte deste frenesim lisboeta. Durante quanto tempo conseguirei manter este sentir mais puro que as férias me trouxeram?
Quantas vezes não conduzo o meu carro desta mesma forma que agora tanto me incomoda e nem me chego a aperceber disso?
O trânsito excessivo, e agressivo, é sem dúvida um dos maiores problemas desta cidade. Infelizmente estamos tão habituados a ele que por vezes já não nos apercebemos disso. Usar a bicicleta na cidade tem-me tornado mais sensível a estas questões.
Apesar do que aqui descrevi sabe-me sempre bem regressar a casa! Lisboa é sem dúvida das cidades mais lindas do mundo e apesar de conseguir apontar vários defeitos a este país e a esta cidade, é aqui que me sinto em casa.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O que é o biclas blog

A leitura de blogs sobre bicicletas tem acompanhado a minha paixão pelas mesmas. Resolvi por isso contribuir também, partilhando aqui as minhas experiências em torno das biclas.
Biclas blog será por isso mais um cantinho na internet onde vou despejar as minhas impressões, reflexões e o que mais me apetecer sobre bicicletas.
Não tenho metas para o blog, nem sei até onde isto irá. Tal como os passeios que gosto de fazer, o importante não é o destino, mas o caminho.
Está dada a primeira pedalada...