sexta-feira, 30 de maio de 2014

Voltar a pedalar

Passei o ultimo mês sem pegar na(s) bicicleta(s)! :(
A pausa, forçada, começou  quando numa bela manhã, ao levantar-me, fiquei subitamente "petrificado" com dores nas costas/zona lombar. Daquelas que surgem do nada e que levam tempo a passar...
Agora, devagarinho, vou retomando as pedaladas e saboreando cada km.
As pernas acusam a falta de treino, mas nada que seja impeditivo de me deslocar de bicla no meu dia-a-dia. Afinal de contas, a vida não é (ou não devia ser!) uma corrida.



Mesmo devagarinho, de Campolide a Algés, levei cerca de 35 min para regressar a casa depois do trabalho. 35 minutos de puro prazer! Enquanto isso, o  resto do trânsito estava absolutamente caótico.
Filas intermináveis de carros, muitas buzinadelas e muito stress. Pelo panorama, para fazer o mesmo percurso de carro teria demorado mais de uma hora.
Estou feliz por poder voltar a pedalar :)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Trail-Gator - passaporte para a aventura!


Fazer aqueles trilhos de Monsanto nunca foi tão divertido, apesar do esforço extra que sentia nas pernas. Atrás de mim, o meu filhote ria às gargalhadas e cantava canções de improviso, enquanto eu o rebocava na sua "bike pirata".
Passados poucos km´s, rolávamos já junto ao rio e maravilhavamo-nos com o sol radioso e o cenário dos barcos à vela na foz do Tejo.
 

Este foi o nosso primeiro passeio usando o Trail-Gator, uma solução simples e eficaz para aumentar o raio de acção das nossas aventuras . Com esta engenhoca, posso rebocar o Gui quando ele está cansado e rapidamente voltar a desatrelar a bicicleta dele, para que possa voltar a pedalar sozinho.


Ainda sobre o trail-gator, resta dizer que instalar o gingarelho foi um bocado mais trabalhoso que o previsto, porque o sistema não é compatível com travões de cantilever. O fabricante diz que se pode instalar um kit de adaptação mas o desenho da peça não me convenceu e foi mais eficaz trocar por uns simples "v-brakes". Mas após as necessárias adaptações e montados os encaixes nas duas bicicletas, utilizar este acessório está a revelar-se simples e prático.


No final do passeio, quando disse ao Gui que fizémos 7km, ele disse logo que da próxima temos que ir ainda mais longe. "Podem ser 20, papá? e 30km, vamos até aonde?"... Isto promete! :)

domingo, 16 de março de 2014

Phoenix

Há algum tempo atrás, um vizinho ofereceu-me uma bicicleta que estava parada há anos numa arrecadação. O estado dela era desolador... :(


Rapidamente, dei-lhe uma limpeza, uma afinação rápida, e estrada com ela!
Passados alguns km´s, a velhinha Cresta, queixava-se do eixo pedaleiro e da roda traseira.

Estava na altura de uma revisão profunda. Era um desafio novo. Uma oportunidade para sujar as mãos, aprender um pouco mais de mecânica e divertir-me! Querendo fazer as coisas bem, foi também preciso treinar um pouco a paciência e contrariar a impulsividade que me sugeria atalhos contrários ao espírito mais cuidadoso que quis colocar nesta recuperação.

Desmontei cuidadosamente todas as peças e analisei-as até perceber exactamente o papel de cada uma. Algumas precisaram de ser subsituidas, outras apenas limpas. E depois deste trabalho demorado, foi muito graficante ver uma bicicleta até à pouco tempo abandonada, voltar a ganhar cor e vida!

E aqui está ela:





Neste momento está a rolar "single-speed", aproveitando uma roda que um amigo me deu. Nos próximos tempos irei fazer a manutenção ao cubo traseiro de origem (Sachs Orbit, com 2 mudanças internas) e talvez o volte a montar. Já espreitei para o mecanismo do cubo e é espectacular! Um pouco complexo, como um relógio, mas por isso mesmo, muito interessante... avizinham-se mais horas de diversão ;)

Se tiverem por aí uma bicicleta a precisar de carinho, não se acanhem! A mecânica de bicicletas é uma coisa acessível! O youtube está carregado de vídeos esclarecedores. As ciclo-oficinas também podem dar uma ajuda.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Espírito Randonneur

Hoje foi dia de Brevet! Ou melhor, noite e dia porque o BRM 200 "Midnight Ride" decorreu entre as 0h00 e as 13h30!


Desta vez não pedalei, mas estive lá a ajudar à sua realização.
Quando participei no meu primeiro brevet, em Outubro do ano passado, o Pedro Alves, grande entusiasta e impulsionador desta forma de ciclismo no nosso país, explicou-me que estes eventos só são possíveis se houver voluntários que garantam a sua realização.
Ora, se no passado gostei de participar e se desta vez tinha decidido não pedalar, e já que não tinha nada para fazer entre as 2h58 e as 6h44 de domingo, nada mais natural do que ser voluntário e ajudar a garantir o posto de controlo na "Fonte do Patalim" (algures entre Montemor e Évora).

Mesmo não tendo pedalado, e apesar do frio garanto-vos que tive vontade, mais uma vez pude sentir o ambiente único destes eventos. Ao contrário de outros eventos de ciclismo, nos BRM´s predomina um ambiente descontraído onde não há lugar a picardias ou despiques. O objectivo não é fazer uma corrida mas desfrutar e completar o longo trajecto. Os randonneurs têm que ser autónomos e não podem receber ajuda de ninguém, excepto de outros randonneurs, e por isso o espírito de inter-ajuda está sempre presente!

Entre os randonneurs também não há lugar a atitudes discriminatórias em função do equipamento utilizado, o que infelizmente nem sempre acontece noutros ambientes. Aqui, apenas é necessário cumprir os requisitos relacionados com segurança, nomeadamente luzes e colete reflector. De resto, encontramos bicicletas para todos os gostos e carteiras, desde a ultra-pró máquina de titânio às velhinhas btt´s em aço, com mais de 20 anos de uso!

Por esse ambiente único e pelas caracteristicas dos próprios trajectos e aquilo que eles exigem física e psicologicamente, os brevets randonneur moudiaux são eventos sem paralelo!
Um grande abraço a todos os que neles participam e um especial reconhecimento ao Pedro Alves pelo seu empenho na sua promoção e pela sua simpatia!

Claro que depois de hoje, o "bichinho" voltou a morder e fui rever com atenção o calendário de 2014 a pensar no meu próximo BRM...


sábado, 22 de fevereiro de 2014

Qualidade do ar e biclas

Gosto quando começo o dia a pedalar e sinto o ar frio e limpo a inundar-me os pulmões!


Mas infelizmente, nem sempre é assim.

A qualidade do ar de Lisboa  é má e até já me cruzei com um ciclista que usava uma máscara de protecção contra o fumo. Foi uma imagem um pouco assustadora. Gosto de encarar a bicicleta como algo natural, simples e confortável, por isso não me convenceu essa "solução"... Em alternativa, tenho-me limitado a alguns treinos de apneia, quando me cruzo com veículos mais poluentes.

Entretanto, encontrei este artigo, cuja leitura me tranquilizou. Nele são referidos estudos onde sobressai o balanço positivo em termos de benefícios para a saúde, por usar a bicicleta, mesmo em meio urbano. No artigo é também explicada a razão de estarmos menos expostos à poluição atmosférica nos dias mais frios e nos períodos da manhã e da tarde. Sugiro a sua leitura a quem se interesse pelo assunto.

E se optarmos por usar a bicicleta estamos a contribuir para um ar mais limpo. Para todos! Mais uma razão para os automobilistas agradecerem a quem circula de bicicleta na estrada... ;)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Pedalar à chuva é fixe!

"Deve ser complicado andar de bicicleta com chuva, não?" - Ultimamente tenho ouvido muito esta pergunta.
Sinceramente, complicado é andar (ou melhor, ficar parado!) no trânsito que é ainda mais caótico nos dias de chuva!!!
Hoje à noite, no regresso a casa, abateu-se sobre mim uma chuvada valente... e adorei!
Usando o equipamento adequado (um casaco impermeável, luvas, protecção de calças e sapatos) não há problema nenhum! É uma sensação espectacular pedalar com chuva, sobretudo à noite após um dia de trabalho. Sério! Experimentem!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Ciclistas são como os cavalos! :)

Caros automobilistas,
Tenham maneiras. Agradeço que na estrada me tratem como um cavalo!


 É só abrandar, ter cuidado e dar espaço.
Obrigado :)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Mais uma Sexta de Bicicleta

Foi mais uma "sexta de bicicleta". Mas esta não foi igual às outras.
Depois de uma monumental "granizada", Lisboa ficou coberta de branco.
Um espectáculo bonito e desafiante para quem optou por rolar naquele tapete de gelo.
E pelas marcas, não fui o único.



O trajecto até estava a correr bem... Pouco chovia, o cenário era lindo e o gelo propiciava uns deslizes engraçados. A coisa mudou de figura quando pela frente me deparei com isto:


Voltar para trás era uma opção difícil naquele ponto do trajecto, vai daí resolvi tentar a travessia...
A meio do "lago" deparo-me com uma barreira de gelo!! A roda da frente ia abrindo caminho como se fosse um barco quebra gelo. Espectáculo, pensava eu! Mas a velocidade, que já era naturalmente lenta, foi reduzindo e quando completava as pedaladas os pés começavam a ficar submersos.
Subitamente, sinto um obstáculo e não consegui evitar uma paragem completa da bicla, que me obrigou a por o pé no chão. As botas, apesar de impermeáveis, obviamente sucumbiram.
Pelo menos tinha uma muda de meias e calças na mochila e a possibilidade de secar as botas quando chegasse ao trabalho. Se tivesse com outra bike teria continuado, mas estando a usar a eléctrica achei melhor inverter a marcha.
A solução foi passar a bike para o lado da estrada e atravessar junto à berma esquerda da radial de benfica, onde os carros, a conta-gotas iam avançando. E antes de virem os comentários da praxe, de que os ciclistas nunca respeitam as regras de trânsito e que as biclas não podem circular naquela via, reparem que era uma situação de absoluta excepção. O trânsito estava quase cortado e não houve nunca uma situação de perigo nesta opção.


Ultrapassado o lago, pude retomar as pedaladas. Apesar de levar um pé encharcado aproveitei para curtir mais uns deslizes no gelo. :) Mas com cautela que aquilo é traiçoeiro.

  

Portanto, a bicla está aprovada como veículo ideal, mesmo em dias de tempestade. Ah... mas da próxima levo um par de sapatos extra na bagagem ;)
Ao longo do dia, ainda usei a bicicleta para outras deslocações. Chuva com fartura, mas como ouvi dizer: "não há mau tempo, apenas mau equipamento".

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Primeiras pedaladas do Gui no BTT

O rapaz estreou-se no btt no passado domingo. Com 4 anos e já se vê a atracção pela lama... Promissor... :)


domingo, 5 de janeiro de 2014

Mudou o código da estrada. Falta mudar os comportamentos!




O novo código da estrada, em vigor desde 1 Janeiro, trouxe mudanças importantes, das quais destaco a obrigatoriedade dos carros (ou outros veículos) deixarem uma margem de pelo menos 1,5m durante as ultrapassagens às bicicletas.

Trata-se de um importante avanço legislativo mas agora importa sobretudo mudar os comportamentos.

Para isso, e na ausência de campanhas de prevenção rodoviárias, cada ciclista, através de uma acção directa junto dos automobilistas que conhece, pode ter um papel de grande eficácia na sua consciencialização.

Não espero milagres junto dos condutores onde impera a falta de civismo, mas há também muitos outros (espero que a maioria) que conduzem de forma perigosa por pura falta de informação.

Isolados no interior dos seus automóveis, muitos condutores não se apercebem dos riscos inerentes às razias e não compreendem que é mais seguro para o ciclista ocupar um lugar central na via do que circular encostado à berma.

Ninguém melhor do que um utilizador de bicicleta, que sente na pele estas questões, para explicar com eficácia, sobretudo a quem lhe é próximo, estes detalhes que fazem toda a diferença.

Mais difícil, mas também possível, é conseguir explicar a um condutor parado num semáforo que "lá atrás, não devia ter passado tão perto...". Nem sempre consigo a calma necessária para os resultados dessas conversas serem os desejados, mas já houve casos em que fui bem sucedido...

Para saberem mais sobre as alterações ao código da estrada, podem consultar este artigo da MUB.
 
Partilho também este cartaz feito pela DECO e adaptado/corrigido (a azul) pelo Gonçalo Pais: